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13.Os reclamantes-v1-cap01-m13



“Neste Rio de Janeiro

Fez-se grande confusão

Com um cabo marinheiro

Fez uma revolução.

Era o chefe reclamante

Da maruja amotinada

Por eles o grito incessante

Era a Marinha revoltada

Houve grande correria

Todo o povo no receio

Por toda parte dizia

Vai haver um bombardeio

Durante aqueles três dias

De saída e amargor

Viu-se tudo em correria

Só dominava o terror

O comércio fecha a porta

Quando vê o caso sério

Ficando a cidade morta

Parecia um cemitério

De soldado e armamento

Nosso Rio de bloqueio

Só à espera do momento

Do falado bombardeio

Quem com a sorte não logra

Com o desgosto não espanta

Tive que aturar a sogra

Num ataque de demência

No chão atirou um cinzeiro

A contar agudos ‘ais’

Vou morrer no bombardeio

Do nosso Minas Gerais

Coisa rara ouvi da sogra

Com essa revolução

Imaginem uma cobra

Com receio de canhão

João Cândido de fama

Marujo de opinião

Mandou um radiograma

Para o chefe da Nação

E o nosso presidente

Ganhou logo simpatia

Um decreto baixa urgente

Concedendo anistia

Tudo volta a seus lugares

Já ninguém mais tem receio

Muito embora na cidade

Já não haja bombardeio

Tudo foi e acabou-se

Não há nada mais a temer

A revolta já findou-se

Vamos todos viver

Viva o povo, viva a Pátria

Do auriverde pendão

Viva os chefes da Armada

Viva o chefe da Nação.

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