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108.Ninguém esquece Tancredo-v2-cap-08-m108

Em abril de oitenta e cinco

O Brasil entristeceu

Tancredo de Almeida Neves

A vinte e um faleceu

Quem plantou tanta esperança

Sem esperança morreu

De repente adoeceu

Na véspera do grande dia

Que havia de tomar posse

Como o povo pretendia

Soprou o vento da morte

Na luz da democracia

Vinte e um o triste dia

De mágoas e desespero

Que se ouviu de Tancredo

Os gemidos derradeiros

Deixando eterna saudade

Nas almas dos brasileiros

Quando o líder dos mineiros

Tombou na hora fatal

Se ouviu as notas sonoras

Do Hino Nacional

Envolvendo os brasileiros

Numa tristeza geral

Em frente ao hospital

Todo o povo apreensivo

Chorava, fazia prece,

Devido o grande motivo

Esgotando as esperanças

De avistar Tancredo vivo

A morte, monstro nocivo,

Levou quem foi bravo e forte

Que passou dias amargos

Pelejando contra a morte

Mas de vê-lo governando

O Brasil não teve sorte

Desse tão profundo corte

Ninguém esquece um minuto

Nossa bandeira parece

Que ainda tem cor de luto

E pedimos a Deus

Que ajude ao seu substituto

Sol a sol lhe dando luto

Tristeza na roupa preta

Palavras dos seus discursos

E seu nome em todo o planeta

São lembranças que não morrem

Na alma de Risoleta

São João Del Rei, a gaveta

Que guarda a sua memória

Morreu por amor à pátria

Partiu conduzindo a glória

Mas os brasileiros justos

Hão de contar sua história

Sua limpa trajetória

O seu sentimento puro

Igual o de Tiradentes

No seu final prematuro

Serão exemplos de honra

Pras gerações do futuro

Sofreu esse golpe duro

Da cruel fatalidade

Só morre feliz quem morre

Por amor à liberdade

Quando não colhe na terra

Colhe na eternidade

Deus salve essa trindade

De homens inteligentes

O Brasil pode esquecer

Outros nomes diferentes

Só não esquece Tancredo

Juscelino e Tiradentes




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