Letra: autor desconhecido. Música: Januário da Silva Arvellos. Intérprete: João Nabuco (piano e canto). Gravação independente.
Não sabem o que aconteceu?
O Telles carpinteiro
Para Santa Filomena
Andava a pedir dinheiro
Mas não tinha, não, licença
Da Câmara Municipal
Eis que encontra o pobre Telles
Com a guarda e com o fiscal
Fica o bicho atrapalhado
De opa e bacia na mão
Quando o fiscal disse aos guardas
“Peguem aquele ermitão” (irmão)
O Telles mui apertado
No coração sente dor
E dando azeite nas pernas
Meteu-se num corredor
Sacou a opa às carreiras
A bolsa nela envolveu
E disse todo assustado
Quem vai se embora sou eu.
Nada, nada, meu Tellinhos,
Não torno noutra a cair;
Sem tirar a tal licença
Pra santa não vou pedir.
Mas a Santa fez milagre
Pela minha devoção.
Ai, livrou-me de ser preso
E pagar condenação.
Esta Santa Filomena
É uma santa muito bela;
Mas sem tirar a licença
Nada mais peço pra ela.
Puxando pela boceta
O Telles toma tabaco;
E vai fugindo dos guardas
Oh! Que cara de macacos!
Mui padece quem é pobre
Neste mundo de ilusão,
Quando mal a gente pensa
Vai cair na correção.
Letra: Manuel de Araújo Porto-Alegre. Música: José Maurício Nunes Garcia (filho). Gravadora independente. Intérprete: Ana Maria Kieffer e outros. CD do livro: “Comédia musical urbana”.
Vengão vere miei signori
Tuti questi meravilhie,
Tengo bestie straordinari
D’Asie, Europe e delle Antilhie …
Borbolete, gafanhote
Crocodile, ximia informe
Popistrelli, vespe note,
Una pulga, fato enorme …
Tre merluxe e un canario
Qui toca bene il trombone,
E parla vinte sei lingue,
Un siberio macacone
Una aranha
Que sbasbaca …
Tuto questo
Una pataca.
Toca, toca rialeja
Quiama gente di quatrini;
Qui se vede maravilha!
Il nasso del Paganini,
Un sapato di Mosé,
La barba del Faraó,
I capelli di Voltér,
Lo scudo di Mirabó,
Una bota di Pilato,
La gorga del Tamburini,
La casaca di Alessandro,
E la spada del Rossini.
Di Platone
La matraca …
Per niente
Una pataca.
Signore, in questo vidrace
Sta il badegio qui canta,
La lacraia inamorata
D’um picapao elefante ...
Il somaro versatore,
Il porco naturalista,
L’arara que suona trompa
Ed un macuco stadista ...
La paca que dansa polka,
Il sapo gran violino,
Il cane coll’officlide
Ed un rato concertino
Cose rare!
Sol la paca ...
Vale bene
La pataca.
Ecco ancora la gran vara
Que corto il Mar Vermelho,
Ecco, qui, del padre Adano
Un osso del suo artelho:
La trompe de Jericó,
La queixada de Sansone,
La funda del rei David,
Il chapeo de Salomone;
Ecco di Bruto e de Cezare
Lo orologio e lo cachimbo,
La seringa de Noé,
E qui um’alma del limbo
Toca, toca,
Non ti staca,
Quiama, quiama
La pataca
Questa gambá di Archimede
Mi há custato tre milhione;
Ecco il bigode terribili
Del grande Napoleone!
Nel tavolino vedete
Sigarrando Cicerone
El il profeta Maometo
C’um piato di macarrone;
Carlo Magno in paletó,
Il Camoens nella sua gruta
Col Dante bebendo birra,
Facendo la faccia bruta.
Al Tamoio
Nella maca!
E por niente! ...
Una pataca.
Ecco l’anta batizata.
Il quati predicatore,
Un capello califórnia;
E un macaco gran pittore...
Vedete qui la spingarda
Del grande Caramuru
La statua de Xenofonte
Il bronzo d’uno urubu;
Manuscriti botocudi,
Una balena que canta,
Un tatu maestro di spada,
E un burro, burro qu’ispanta ...
Tengo giá
La voce fiaca ...
Date, date
La pataca ...
Letra: Manuel de Araújo Porto-Alegre. Música: José Maurício Nunes Garcia (filho). Intérprete: Ana Maria Kieffer. Gravadora independente. CD do livro “Comédia musical urbana”.
Este mundo, este mundo,
É um grão cabaço cortado,
Cortado, dá duas cuias
Numa bebem os Lavernos
Noutra bebem os tapuias
Se tu tens, ó minha vida,
Duas cumbucas de amor
Sou Laverno, sou Tapuia
Sou um grande bebedor
Este mundo é cosmorama
Com vistinhas de mil cores
Nos palácios estão Lavernos
Tapuias nos corredores.
Se tu tens, ó minha vida
Um cosmorama gostoso
Sou Laverno, sou Tapuia
Sou de tudo curioso
Este mundo é loteria
De pretas e brancas sortes,
Aos Tapuias cabem fracas
Aos Lavernos cabem fortes.
Se tu tens ó minha vida
Um bilhetinho d'amor
Quero ter a sorte grande
Eu já sou seu comprador.