Ô seu Toninho,
Da terra do leite grosso,
Bota cerca no caminho
Que o paulista é um colosso.
Puxa a garrucha, Finca o pé firme na estrada Se começa o puxa-puxa Faz do seu leite coalhada.
Seu Julinho vem, seu Julinho vem, Se o mineiro lá de cima descuidar. Seu Julinho vem, seu Julinho vem, Vem mas custa, muita gente há de chorar.
Ô seu Julinho, Sua terra é do café. Fique lá sossegadinho, Creia em Deus e tenha fé. Pois o mineiro
Não conhece a malandragem Cá no Rio de Janeiro. Ele não leva vantagem.
Seu Julinho vem, seu Julinho vem, Se o mineiro lá de cima descuidar. Seu Julinho vem, seu Julinho vem, Vem mas custa, muita gente há de chorar.
Ele é paulista? É sim, senhor. Falsificado? É sim, senhor. Cabra farrista? É sim, senhor. Matriculado? É sim, senhor.
Ele é estradeiro? É sim, senhor. Habilitado? É sim, senhor. Faz o cruzeiro? É sim, senhor. Povo dourado, É sim, senhor.
Vem, vem, vem, Pra ganhar vintém Vem, seu Julinho, vem Aproveitar também. (Bis)
Eu ouço falar
Que para nosso bem
Jesus já designou
Que seu Julinho é quem vem.
Deve vir esse caboclo
Para matar minha saudade,
Para o riso ser leal
No coração da humanidade.
Olé
Eu ouço...
Essa história que anda por aí
De “vem pra ganhar vintém”,
Ele não precisa disso
Nem de aproveitar também.
Olé
Eu não quero que esse samba
Vá contrariar alguém...
O caboclo é da fuzarca
E só trabalha para o bem.
Olé