Meu irmão, amanhã ou depois A gente se encontra no velho lugar Se abraça e fala da vida que foi por aí E conta as estrelas nas pontas dos dedos Pra ver quantas brilham E qual se apagou
Amanhã ou depois, meu irmão A gente retorna à beira do cais E conta os amigos Pra ver qual que brilha E qual se apagou
Amanhã ou depois, Na crença de sempre No mesmo saveiro De novo a esse mar Sem ver tempestades, ciclones
Amanhã ou depois Meu irmão, Meu irmão, Amanhã ou depois Amanhã ou depois
Na frente o oceano,
Atrás o meu país,
Na frente outro destino,
Atrás minha raiz
Na frente eu sou do vento,
Atrás eu me comovo,
Na frente eu sinto fome,
Atrás penso em meu povo
Porto de Vitória,
Vai longe se azulando, ôôô
Meu povo na memória,
Dentro do meu sangue
Cargueiro ou pau de arara,
Europa ou Guanabara
Vou lá ser estrangeiro,
Ser galo de terreiro
Mas volto pra Vitória,
Pro dia da vitória
Já volto pra essa hora
De nunca se ir embora,
De nunca se ir embora
De nunca ir embora
(Vitória! Vitória! Vitória! Vitória!)
Autor: Taiguara. Intérprete: Idem. Gravadora: KPM-EMI (Londres). LP: Let the children hear the music.
Where was I born there is a felling that surrounds you(1)
A secret fear that lives inside of everyone
People sing of love and you would think we’re happy
But in our hearts we hide a cloud that shades the sun
As time passed by I felt more deeply for my people
And in their smile my eyes could see their inner pain
My troubled mind kept on searching for the answers
But now our sky was dark, the clouds said go away
So I left home in search of truth and understanding
I found a world that gave me strength to fight alone
It wasn´t long before I found what I was missing
My people´s freedom, that´s what I must take back home
So sing out loud and let the children hear the music
Unlock their doors, let in the sun and dry their tears
The past is sad, the present doubtful, but the future
Must tell the truth and plant the seeds
And we´ll be free, and we’ll be free, and we’ll be free
And we´ll be free, and we’ll be free, and we’ll be free
So brothers sing and let the children hear the music
Unlock the doors, let in the sun and dry their tears
The past is sad, the present doubtful, but the future
Must tell the truth and plant the seeds
And we´ll be free, and we’ll be free, and we’ll be free
And we´ll be free, and we’ll be free, and we’ll be free
And we´ll be free...
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(1) “Onde nasci há um sentimento que te rodeia/ Um medo secreto vive dentro de cada um de nós/ As pessoas cantam o amor e os outros pensam que somos felizes/ Mas em nossos corações escondemos um nuvem que tapa o sol/ Com o passar do tempo, senti melhor a alma do meu povo/ E no seu sorriso meus olhos enxergaram sua dor interior/ Minha mente inquieta continuou procurando respostas \/ Mas então nosso céu ficou escuro e as nuvens me disseram para eu ir embora/ Então eu deixei minha casa em busca da verdade e da compreensão/ Encontrei um mundo que me deu força para lutar sozinho/ Não tardou muito e descobri o que me faltava/ A liberdade do meu povo, é o que preciso levar de volta pra casa/ Então, cante alto e deixe as crianças ouvir a canção/ Abra as portas, deixe o sol entrar e enxugue as lágrimas/ O passado é triste, o presente incerto, mas o futuro/ Precisa contar a verdade e plantar as sementes/ E nós seremos livres, e seremos livres, e seremos livres/ E nós seremos livres, seremos livres, e seremos livres/ Então, irmão, cante e deixe as crianças ouvir a canção/ Abra as portas, deixe o sol entrar e enxugue as lágrimas/ O passado é triste, o presente incerto, mas o futuro/ Precisa contar a verdade e plantar as sementes/ E nós seremos livres, e seremos livres, e seremos livres/ E nós seremos livres, e seremos livres, e seremos livres”.