Edir Macedo tem conta na Suíça
Conta conjunta com o dono do céu Maradona só gosta do jogo se a bola for de papel O Super Homem quebrou a espinha
Hebe Camargo é uma gracinha E eu tô de olho na minha vizinha
Ôooo, Ôoooo, quem é você?
Em frente do espelho, não deu pra ver Ôooo, Ôoooo, quem é você?
Bill Clinton fumava maconha
Mas ele não sabia tragar PC Farias pagou com a vida
Enquanto Collor foi esquiar Bob Dylan provocou a centelha
Van Gogh cortou a orelha E a sua bochecha tá toda vermelha
Ôooo, Ôoooo, quem é você? ...
Graham Bell inventou o telefone
Mas não tinha ninguém pra conversar Pôncio Pilatos era um democrata
Lavou as mãos e deixou o povo julgar Carlos Drummond morreu de tristeza
Raulzito era maluco beleza E eu joguei fora as certezas
Ôooo, Ôoooo, quem é você? ...
Autores: Aliado G, Mano Ed e DJ Viola. Intérprete: Face da Morte. Gravadora independente. CD: O crime do raciocínio.
Aí, Ministro da Educação
O futuro da nação vai á escola só pela refeição Que ás vezes não tem o suficiente pra repetir o prato Que ás vezes não tem um arroz com feijão pra comer no barraco Aí bate o sinal da merenda Aquele moleque com fome agradece ao Estado, nem tá ligado Sonegação no imposto de renda Aí eu pergunto quem defenderá essas crianças a esperança Que não foi á escola por causa do frio ou da chuva Que não tem caderno, lápis, sapato nem blusa Dificilmente você entende o nosso lado O lado forte, o lado pobre, ao mesmo tempo fraco Seu filho agasalhado, bem nutrido Com chofer até a porta do colégio particular Será que você consegue avaliar a situação dessa criança Carente, faminta, machucada por dentro Por fora desiludida e ás vezes até sem família E não são poucas as crianças marginalizadas E o pior usadas para manter seu conforto Luxo, esbanjamento, eu não aguento As crianças dos seus direitos são privados Por vocês seus burocratas Aí ministro, Brasil sem educação ano 2000, que nada É hora da virada
Aí Ministro, sou porta voz desse povo faminto Meu povo sofre, sofre, se lembre bem disso Aí Ministro, sou porta voz desse povo faminto Se é que sou bandido, de educação eu preciso
Filhos de ricos, têm professores particulares Laboratório de línguas, aulas de arte Natação, ginástica e outros mais Aquela porra toda, recursos áudios-visuais Frequentam essas escolas modelos E o pobre três dias na fila não acha vaga pro seu filho Que desespero, o moleque pobre de baixa renda Não tem professor, incentivo, merenda Que dó, é preciso investir melhor O recurso do imposto de renda, entenda Quem não tem dinheiro não tem ensino digno então E você ainda diz que investe muito na educação Quem sonega a educação nega o direito de viver Pode crer que eu não sou bobo Cadê as faculdades para o povo Onde estão as promessas mostradas pela Globo Faculdade pública devia ser pública Na verdade é frequentada por playboys sem necessidade A vantagem é de quem vem de escola particular Com dinheiro pra pagar curso do pré-vestibular E morrer de overdose de tanto cheirar Pro pobre o estudo é tudo Pros ricos desgraçados é um processo sofisticado De recursos, frutos da sociedade desigual Origem de todo o mal
Aí Ministro, Brasil ano 2000, puta que o pariu Eu não entendo mais nada, é hora da virada
Aí Ministro sou porta voz desse povo faminto ...
A escola é caduca, mal ensina, deseduca, essa é a sina Estamos sem eira nem beira à beira do ano 2000 Profissão de pobre é pegar em fuzil 9 milímetros, oitão ou então ser lixeiro Gari, servente de pedreiro Um qualquer sem opção da linha de produção Quando envelhece estraga, não serve mais pra nada Não funciona como antes Te mandam pro conserto no posto do INAMPS Com cento e trinta e seis reais de salário Idoso, aposentado, inválido, ferrado Ou mais um desempregado desgraçado como eu Negar a educação é continuar a escravidão No Brasil sou mais um que foi oprimido Com aquele salário de fome iludido Preciso me alimentar pra poder estudar Ou será que o senhor ministro da Fazenda Arriscaria sobreviver um dia à base de merenda Na sexta série do primeiro grau só aprendi o básico Moleques que estudaram comigo poucos estão formados A maioria desempregado, outros drogados Alguns morreram, e outros angustiados se entregaram pro álcool Não aprendi na faculdade sou formado à base da verdade Não inclua o meu diploma que consegui na escola da rua Sou rapper de ideologia forte lutando pelo pobre Enquanto minha voz não for calada Aí Ministro, Brasil ano 2000 que nada, é hora da virada
Aí Ministro, sou porta voz desse povo faminto ...
Autores: Zalém e Zé do Galo. Intérprete: Bezerra da Silva. Gravadora: RGE. CD: Meu samba é duro na queda.
“Doutor, este homem é inocente
Procure saber a verdade
Não deixe que o pobre coitado perca a liberdade
O senhor aplica a lei, faz cumprir e condena
A quem de direito merecer
Mas não faça injustiça com quem não tem nada a ver
Nós, discriminados da favela
Sabemos quem é o culpado
Só os poderosos fingem não saber
É uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
O que o favelado diz não se escreve
Sabemos disso, doutor
Não tente tapar o sol com a peneira
O senhor sabe bem quem é o vapor
Solte o pobre inocente
Prenda o filho do governador
Tá me ouvindo, doutor
É, uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
Doutor, este homem é inocente
Procure saber a verdade
Não deixe que o pobre coitado perca a liberdade
O senhor aplica a lei, faz cumprir e condena
A quem de direito merecer
Mas não faça injustiça com quem não tem nada a ver
Nós, discriminados da favela
Sabemos quem é o culpado
Só os poderosos fingem não saber
É uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
O que o favelado diz não se escreve
Sabemos disso, doutor
Não tente tapar o sol com a peneira
O senhor sabe bem quem é o vapor
Solte o pobre inocente
Prenda o filho do governador
Tá me ouvindo, doutor
É, uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor