Amanheceu e as paradas lotadas, o mesmo gado já não tão Novo e suas marcas, o calor, a multidão, a fila pra Pegar a condução. A escravidão, as chibatadas
Levadas na senzala se mantém vivas todo dia No quarto sala: amordaçados por horas em frente à Televisão! Efeito bem pior que o da radiação... "País Infeliz, bombardeado pela alegria" Tom Zé define assim Expressando sabedoria! Vou lhe fazer uma confissão um Desabafo: às vezes sinto vontade de jogar tudo pro Alto! Mas que nada! Não vou me entregar às armas ou à Guerra, quem sabe faz a hora não espera. FHC Joaquim Silvério dos Reis dos dias atuais, traidor da nação, Um dólar a mais! Caixa dois até a boca! Dignidade é Pouca! Impune, à solta, merece a forca! Vendeu a Própria alma sem trauma! Dificilmente esse, o salmo Salva! Poesia, verso, rima, prosa! Envenenado pelos Livros, Em Nome da Rosa! Infância proibida! País Infanticida! 57 mil se vão na primeira semana de vida! Fábrica de anjos. A marmita do pai ao lado, somado ao Saneamento básico confira o saldo: Brasil pecado, Realidade trágica, estômagos vazios à espera de cestas Básicas... Salário mínimo: atentado, incentivo ao crime Maluco! Congresso, Planalto assalto de vida em um Lucro! Xadrez! De vez! Para esses canalhas! Ou que Ardam nas fornalhas, pagando por suas falhas!
Revolucionários do Brasil! Fogo no pavio! Fogo no Pavio! Fogo no pavio!
O pé inchado, mãos calejadas, já pegou pesado na Enxada! A prostituta odiada sonha ver a filha formada! Povo nas ruas é dinamite, campo minado, exigindo 20 de Novembro feriado! Zumbi o herói dos libertários Guerreiro daqui! DMN "H. Aço" é necessário ouvir", ler Ferréz, Sérgio Vaz, e quem sabe se libertar das algemas Da carne! Fábrica da Vida motor que trabalha 24 horas Por dia! Nó na garganta, lembranças, álbuns, fotos, Fotografias: combustíveis altamente inflamáveis pra Mim! Caros Amigos, Princípios, Pasquim! Eu vi a Célula-mãe se multiplicar, eu vejo o câncer, querendo Se instalar. Nas artérias tenho o sangue da Indignação, G.O .G. (G.O .G! G.O .G! Guerreiro da Revolução!) Querem fazer do Brasil e América Latina Uma latrina! Segue assim a diária chacina! De espancamentos, processos lentos sem punição, um Seriado sem fim, uma ficção. Capitalismo puro é isso! O feto dejeto no lixo! Negociação com o patrão por um Salário fixo... Fio condutor, o torturador é o gravata, Que no dia da eleição te transporta de graça! Embalsamados pelo manto da desordem! Se dizem líderes De uma geração! Até no travesseiro recebem ordens Chega! Basta! Não! Surge o embrião! O trem Da vida prepara a partida está bem vazio, a burguesia Que valoriza a carne perderá o espírito! Xadrez! De Vez! Para esses canalhas! Ou que ardam nas fornalhas, Pagando por suas falhas!
Revolucionários do Brasil! Fogo no pavio! Fogo no Pavio! Fogo no pavio!
Família G.O.G. pode crer...
Paz então Irmã, então irmão.
Como maltratam o Brasil: ACM, FHC, O Sistema é a bomba e o pavio: só que o Preto aqui é o Estopim em vinil!
Revolucionários do Brasil! Fogo no pavio! Fogo no Pavio! Fogo no pavio!
Autores: Face da Morte. Intérprete: idem. Gravadora: Gringos Records.CD: Manifesto Popular Brasileiro.
Ra-ta-ta-tá pra cá e pra lá
Tô de volta no ar, já detonei a Bomba H
E tô de novo em ação sob o efeito contínuo da radiação
Mais arrasador que qualquer furacão
Estraçalho a muralha da desinformação
Fuzileiro da rima, jogando pra cima
Rajada de rima que abala o sistema
Que rompe as algemas da ignorância
Que exige a mudança, que faz a cobrança da indenização
Pela exploração durante quinhentos anos
Mas já bolamos nosso plano e eu não tô sozinho não
Se liga sangue bom por que a rima segue
Então vai Mano Ed, vai Mano Ed, vai
Pode crer Aliado G conferindo o meu proceder
Faço parte desse quadro pintado
Nesse pano azul e branco com verde e amarelo
Sou guerreiro em favor da foice e o martelo
Os ladrões no paralelo, cada pobre é um elo
Na corrente dessa gente da gente
Agora o povo tá unido, o sistema tá abalado
A fita dominada, começou a revolução do proletariado
Até os militares cansaram de serem explorados
Jogaram fora as fardas, passaram pro nosso lado
Coisa igual nunca se viu, o barato explodiu
O povo revoltado invadiu o Senado
A Câmara dos Deputados, o palácio do governo
Não tem mais jeito não, não tem mais freio então
O povo pobre não tem nada a perder a não ser suas cadeias
O imperialismo mandou a teia e acabou preso por ela
Não acreditou na reação do povo da favela
Censurou o rap, desprezou o MST, agora vai se fuder
As notícias na TV dizem que o clima vai ferver
A essa altura o plantão já havia anunciado
Que foram sequestrados o chefe do estado
E o famigerado presidente do senado
E o povo nas ruas continua organizado
Para acabar com a desordem
Gritando em coro as palavras de ordem.
(4x) Vai ser julgado, vai ser julgado vai
Vai ser julgado, vai ser julgado vai.
Agora vão ser julgados todos os atos
O júri popular vai ser nomeado
Sem dinheiro, sem horário gratuito
Bem diferente ao seu esquema bandido
Saiu da barra e da fisiologia
Thaíde, Racionais e GOG de Brasília;
Comando Johnny Mc que também é daqui
Sim Tio BV sangue bom do Piauí
Tem o Casca lá em Santa Catarina
Nunca cantou, mas sempre apoiou a rima
Aqui do nosso lado Facção Central que até já foi censurado
O rap é sério
Por isso também foram eleitos meus manos do Império
Ainda falando daqui o SNJ que diz
Que pra ganhar dinheiro só lá em Hollywood
Em Cuiabá também tem gente eleita lá
Grupo C4 que também tem o dom
Clã Nordestino representa o Maranhão
Zezé sangue bom que não dá moleza
Representando o Ceará precisamente Fortaleza
É pro nosso júri não ficar caduco
Faces do Subúrbio representam o Pernambuco
É pra não deixar nenhuma cadeira vazia
Vem o Mestre Jorjão da capoeira da Bahia
E acredite tem gente de Sergipe
Então, do Tocantins, de Manaus e Alagoas
Pode crer por lá só tem gente boa
Posso esquecer, mas o povo não esquece
Também tem o Da Guedes que representa Porto Alegre
Curitiba veio Davi Black
Pra não dizer que este júri é machista
Visão de Rua e Quatro Bases de Campinas
O nosso júri representa o idoso e o moleque
E não ficou de fora a banca DRR
Da seca, do choro, dos prantos
Veio o representante do Espírito Santo
Do Amapá também tem gente de lá
MV Bill representando o Rio
Minas Gerais quem te conhece não esquece
Vem meu truta o Dani representando UJS
Das quebras, dos becos, vielas, então
Tem os malucos da Rádio Favela, pode crer
Do Pará, do Brasil Inteiro, então
Representantes fiéis do povo brasileiro
Face da Morte foi eleito advogado de acusação
Então se liga sangue bom
Pois o povo na rua continua organizado
Para acabar com a desordem
Gritando em coro as palavras de ordem
Vai ser julgado, vai ser julgado vai
Vai ser julgado, vai ser julgado vai (4x)
Invadiram os principais canais
Botaram telões em todas as capitais
Nas cidades principais do interior
A transmissão ao vivo
O congresso e o senado estão ambos cercados
Os maus senadores e maus deputados
Lá dentro trancados
Esperando a vez pra também serem julgados
Agora o colarinho branco tá com o (...) na mão
Atenção emissoras da Rede Povo ao toque de três segundos
AR 15, HK e as quadradas pra firmar
O armamento pesado está todo apontado pros réus
Entre o Inferno E O Céu
Quem tá na vigilância é o Realidade Cruel
E começa a sessão
Com a palavra o advogado de acusação
Vocês são acusados de estraçalhar a vida
De milhões e milhões de famílias
Fazendo com que as crianças se humilhem nas esquinas
Que as velhas vivam na madrugada
Catando lata nas latas de lixo, o que é isso
Veja vocês aplaudiram a lei
Desvinculando a receita, é muita treta
Sem dar satisfação, podem tirar um caminhão
De milhão até 20% do orçamento da união
20 bi da educação, 14 da saúde me escute
1,3 da reforma agrária
Estão curtindo com a nossa cara
Não investiram no campo, inchando as favelas
Proliferando os cinturões da miséria
Provocando essa guerra
Que vocês não declaram, mas é clara
E agora estourou, culminou com o julgamento
Me desculpe a franqueza
Se é que é possível diga algo em sua defesa
Nós precisamos do capital estrangeiro
Eu me comprometi com o FMI e os banqueiros;
Quem tem suas dívidas tem que pagar
Ah é então tente me explicar
Se quanto mais pagamos mais devemos
Queimamos patrimônio e cada vez empobrecendo
É notório, em Nova Iorque, Londres em seus belos escritórios
Meia dúzia de banqueiros
Enriquecendo ás custas da miséria de milhões de brasileiros
Assassinos sociais
Vocês são realmente demais
Chegou o papel com a sentença dos réus
Declarados por unanimidade culpados
Então chama o carrasco e executa a sentença
Na próxima audiência o congresso e o senado é que serão julgados
Dessa maneira acabamos com a desordem
E o povo continua gritando as palavras de ordem
A justiça só é cega
Quando não quer ver
Quando a lei se nega
A se fazer valer
Para uns, implacável
Para outros, maleável
Ou até negociável
Ter leis em questão
É o mesmo que não
Leis sem efeito que abrem exceção
Abrem precedentes à dúbia aplicação
Nunca propiciarão
Um estado de direito
Assim nunca se terá verdadeira nação
A impunidade
É um grave problema
É a face mais falha da sociedade
É o lado mais sujo do sistema
Como é que se sente
Um simples cidadão
Brasileiro descontente
Com a situação
Eu amo o meu país
E amo a minha gente
Mas me sinto infeliz
Eu acho deprimente
Esse estado de impunidade
E improbidade, uma vergonha nacional
Estado de injustiça, imundície e calamidade social
Eu digo não, como cidadão
Eu peço justiça, peço punição
Punição exemplar, justiça enfim
Eu digo: Não, não, não
Justiça sim, impunidade não (2x)
Punição exemplar a todos os culpados
Sem nenhuma exceção
Aos poderosos, abastados
Ou até mesmo ao mais nobre barão
Famigerados doutores, ricos ou bacanas
Sendo culpados, estejam todos em cana
Parlamentares pilantras, políticos interesseiros
Deputados descarados, banqueiros trapaceiros
Vereadores, prefeitos, governadores e empreiteiros
Corruptos, corruptores e seus fiéis escudeiros
Magistrados safados, empresários salafrários
Traidores da pátria, fazendo o povo de otário
Punição exemplar aos bandidos escondidos na imunidade parlamentar
Fazendo falcatruas, às escuras fazendo fortuna
Com o seu voto que colhem na urna
E saem às ruas como se nada houvesse
Ninguém lhes importuna
Mesmo quando enriquecem
Às custas de favores escusos do clientelismo
Do uso e abuso do fisiologismo
E das benesses do cobiçado poder
Eu digo não, não pode ser
Quanto descaso, quanta omissão
Quem pode se safa
O pobre é quem paga
Eu peço punição, punição exemplar
Eu digo: Não, não, não ...
A legião dos excluídos vai muito mal
Banidos que estão do convívio social
Debaixo de barracos, pontes e sinais
Não desejam mais que uma vida meramente normal
Na televisão, em todos os canais
Aparentemente tudo tudo vai bem demais
Logo vem outro carnaval
E fica tudo bem tudo bem no país do futebol
Se rouba, se extorque, se frauda, se mata
Se burla, corrompe, sonega e se escapa
Sem punição, nessa terra sem lei
Quem tem muita grana nunca vai em cana
Bandido rico é rei, até quando eu não sei
Eu quero ver quando é que vai se fazer
Uma verdadeira nação
Com direitos e deveres iguais para todo e qualquer cidadão
Eu quero ver punição enfim
Eu digo: não, não, não ...