Autores: Ras Bernardo, Bino Farias, Da Gama e Lazão. Intérprete: Cidade Negra. Gravadora: Sony Music. LP: Lute para viver.
Olhando dentro dos seus olhos Eu vejo a minha própria imagem Que iguala nossos sentimentos Vontade de ter liberdade
Procuro com meus próprios meios chegar No fundo dos seus sentimentos Seus filhos todos separados Apartheid não tem fundamento
Piquete, distúrbio e a polícia Chega armada até os dentes Massacra quem quer liberdade Em teu seio sangra
Mãe África, Mãe África, Mãe África
Autores: Ythamar Tropicália e Rey Zulu. Intérprete: Margareth Menezes. Gravadora: Polydor. LP: Margareth Menezes (1988).
Ele, Ele, Elegibô
Elegibô, Elegibô, Ele, Ele
Ele,Ele, Elegibô
Elegibô, Elegibô
Cidade florescente (Elegibô)
Cidade reluzente (Elegibô)
Elegibô, cidade encantada
Elegibô, sua majestade real
Araketu, ritual do candomblé
Exalta as cidades de Ketu e Sabé
Ferido ficou-se o homem
Utilizando seus poderes
Passaram-se anos difíceis
Sofreram muitos seres
Os vassalos ficaram sem pasto
A fauna e a flora não brotavam mais
Suas mulheres ficaram estéreis
A flor do seu sexo não se abrirá jamais
Ele, Ele
Ele, Ele, Elegibô...
Os guerreiros lutaram entre si
Com golpes de vara, era o ritual
Durante várias horas
Travou-se a batalha entre o bem e o mal
Depois retornaram com o rei
Para a floresta sagrada
Onde comeram a massa
De inhame bem passada
Onde será comida por todos os seus
Negros homens em comunhão com Deus
Ele, Ele
Ele, Ele, Elegibô…
Autores: Ythamar Tropicália, Valmir Brito e Roque Carvalho. Intérprete: Banda Reflexus. Gravadora: EMI-Odeon. LP: Serpente negra.
Ara, Ara, eu sou Ara Ketu
Ketu, Ketu, odé obá orixá
Kê, Kê, Kê, leva eu
Kê, Kê, Kê, Ara Ketu sou eu
Daomé, nação de uma serpente negra,
O rei manda lhe falar
O arco-íris ao se dissipar
Orixá maior é a força da natureza
Que representa Ketu nação
De um rei Olofim
Da atual República Benim
No reino de Daomé
Serpente Negra era um babalaô
O arco íris que vem lá do alto
Traz a força do Superior
Ora, ora, ora
Ora, orayê
Ora, ora, ora
Oxumaré, ora
Ara, Ara, eu sou Ara Ketu
Ketu, Ketu, odé obá orixá
Kê, Kê, Kê, leva eu
Kê, Kê, Kê , Ara Ketu sou eu
O quadro negro
Representa na face da Terra
Hoje não existem mais guerras
A escravidão acabou, ô ô
Ara Ketu, retrato da tal mocidade
Representando o passado
E tudo que aqui ficou
Derramando nossos prantos de felicidade
Por ser essa tal entidade
Nomeada a Odé caçador
Ara Ketu, força divina, força maior
Ô ô ô ô ô, ó ó ó ó ó
Pois o sangue desses negros
Derramado na Terra
Para que os senhores passassem
Um tipo de vida melhor
Ora, ora, ora
Ora, ora, yiê,
Ora, ora, ora
Eis Oxumaré