No jardim da política, meu bem
Vamos passear
Chega nega morena, vem
Vamos passear
No jardinzinho bonitinho
Cheirosinho formosinho da política
Ô meu bem
Vamos passear
Chega neguinha morena, vem
Vamos passear
Eu te dou um beijo de esquerdista
Na ponta do pé
Você se irrita
E diz que essa servidão capitalista
Não lhe conquista
Eu te peço
A boquinha molhada de saliva
Minha diva
Você diz que essa liberdade
É excessiva
E diante desta contradição ideológica
Te ofereço a rosa comemorativa
Desta tua democracia relativa
Te ofereço a rosa comemorativa
Desta tua democracia relativa
(Quem inventou foi o Geisel)
E eu pego o ipê roxo e o ipê cor derosa
Pego todo o jardim para te dar
E também a rosinha
Vermelhinha do PC
E a rosinha
Mais vermelhinha do PC do B
E eu pego todo o jardim para te dar
Nós não vamos nos dispersar Juntos é tão bom saber Que passado o tormento Será nosso esse chão Água, dona da vida Ouve essa prece tão comovida Chega
Brinca na fonte Desce do monte Vem como amiga
Te quero água de beber
Um copo d’água Marola mansa da maré Mulher amada Te quero orvalho toda manhã Terra, olha essa terra Raça valente, gente sofrida Chama, Tem que ter feira Tem que ter festa Vamos pra vida Te quero terra pra plantar Te quero verde Te quero casa pra morar Te quero rede Depois da chuva o sol da manhã Chega de mágoa Chega de tanto penar Canto e o nosso canto Joga no vento Uma semente
Gente Olha essa gente
Olha pra gente Olha pra gente
Te quero água de beber Um copo d’água Marola mansa da maré Mulher amada Te quero terra pra plantar Te quero verde Te quero casa pra morar Te quero rede Depois da chuva o sol da manhã Canto e o nosso canto Joga no tempo uma semente Gente Quero te ver crescer bonita Olha pra gente Quero te ver crescer feliz Olha pra gente Olha essa terra, olha essa gente Olha pra gente Gente pra ser feliz, feliz Te quero água de beber Um copo d’água Marola mansa da maré Mulher amada Te quero terra pra plantar Te quero verde Te quero casa pra morar Te quero rede Depois da chuva o sol da manhã Chega de mágoa Chega de tanto penar
Autora: Amarina. Intérpretes: Trabalhadores rurais de Pernambuco. Gravadora: Museu Nacional/ UFRJ. CD: Lutando e cantando – música e política dos trabalhadores rurais de Pernambuco (2007).
Dá, dá, dá, se você for buscar
A lei está dizendo que o sindicato dá
A lei está dizendo que este órgão tem valor
Que é pra dar direito a todo o trabalhador
Dá, dá, dá, se você for buscar
A lei está dizendo que o sindicato dá
A lei falou bonito, no papel se assinou
A lei falou bem alto e o povo se levantou
Dá, dá, dá, se você for buscar
A lei está dizendo que o sindicato dá
Se a gente quer melhor, se queremos mundo novo
Através do sindicato a gente conquista o povo
Dá, dá, dá, se você for buscar
A lei está dizendo que o sindicato dá
Olhando em geral, o sindicato está amarrado
Mas nós lutamos muito pra ser bem participado
Dá, dá, dá, se você for buscar
A lei está dizendo que o sindicato dá