Autor: Gustavo Thomaz Filho (Brasinha). Intérpretes: As Damas. Gravadora: Entré/CBS. LP: Carnaval 1971.
Ninguém segura mais este país
Não, ninguém segura,
Não, ninguém segura
Olha aí
Ninguém segura mais este país
O patropi é uma gostosura
De Leste a Oeste,
De Norte a Sul
Maré tá mansa
Tá tudo azul
Ninguém segura este povo genial
Que é rei do futebol
Que é rei do carnaval
Autor: Leo Canhoto. Intérpretes: Leo Canhoto e Robertinho. Gravadora: RCA. LP: Rock bravo chegou para matar.
Cantando estes versos eu quero falar
Com o soldado sem farda que é nosso irmão
Soldado sem farda é você lavrador
Que derrama o suor com suas próprias mãos
Soldado sem farda aqui vai um abraço
Das Forças Armadas da nossa Nação
Aceite também o abraço dos artistas
Do rádio, do disco e da televisão
Soldado sem farda que luta no campo
Com frio ou calor, isso possa ou não possa
Ninguém na cidade não existiria
Não fosse você, o soldado da roça
Com seus braços fortes, soldado sem farda
Você colhe o fruto que nasce da terra
Aceite portanto com sinceridade
O abraço da nossa Marinha de Guerra
Soldado sem farda, herói sem medalha
Aceite da classe estudantil
O abraço apertado de todo estudante
Futuros governos do nosso Brasil.
Aceite lavrador o abraço apertado
Das Forças Aéreas do nosso país
Você lavrador é um soldado sem farda
Desta nossa pátria você é a raiz
Aqui vai também o aperto de mão
E o abraço do Exército Brasileiro
Todos operários das grandes indústrias
Enviam um abraço ao soldado roceiro
Soldado sem farda, que Deus lhe abençoe,
Para continuar sempre assim sorridente
Aceite lavrador o abraço apertado
Do homem que agora é nosso presidente
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague
Pelo prazer de chorar e pelo ‘estamos aí’ Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir Um crime pra comentar e um samba pra distrair Deus lhe pague
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui O amor malfeito, depressa, fazer a barba e partir Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair Deus lhe pague
Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir E pelo grito demente que nos ajuda a fugir Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague