Brasil já vai a guerra,
Comprou um porta-aviões Um viva pra Inglaterra
De 82 bilhões Ahhhh! mas que ladrões
Comenta o zé povinho, Governo varonil, Coitado coitadinho, Do Banco do Brasil Ah, ah, quase faliu.
A classe proletária Na certa comeria Com a verba gasta diária Em tal quinquilharia Sem serventia.
Alguns bons idiotas Aplaudem a medida, E o povo sem comida Escuta as tais lorotas Dos patriotas.
Porém há uma peninha De quem é o porta avião É meu, diz a marinha, É meu, diz a aviação Ahhhh! Revolução!
Brasil, terra adorada Comprou um porta aviões Oitenta e dois bilhões Brasil, oh pátria amada, Que palhaçada.
Eu vou pra Lua Mamãe, eu vou morar lá Sair do meu Sputnik Do Campo do Jequiá.
Já estou enjoado Aqui da terra Onde o povo a pulso Faz regime A indústria, o roubo A fome, o crime Onde os preços Aumentam todo dia O progresso daqui É a carestia Não adianta mais Se fazer crítica Ninguém acredita Na política Onde o povo Só vive em agonia...
Eu vou pra Lua ...
Na Lua não tem Nome abreviado IPSEP, PM Nem Cofap Nem (..............) Nem Coap Nem contrabando De mercadoria Lá não falta água Não falta energia Não falta hospital Não falta escola É fuzilado lá Quem come bola E morre na rua Quem faz anarquia...
Eu vou pra Lua ...
Lá não tem juventude Transviada Os rapazes de lá Não têm malícia Quando há casamento Na polícia A moça É quem é sentenciada Porventura Se a mulher for casada E enganar o marido A coisa é feia Ela pega dez anos De cadeia E o conquistador Não sofre nada...
Eu vou pra Lua ...
Eu quero gargalhar, eu vou morrer de rir
O homem da vassoura vem aí
Varre, varre, varre
Varre o que houver
Salve, salve, salve
Salve-se quem puder
(Alô, Terezinha, uuu).