Autor: Gonzaguinha. Intérprete: Gonzaguinha, As Frenéticas & Les Étoiles. Gravadora: EMI-Odeon. LP: De volta ao começo.
(Essa é a Marcha do Povo Doido, seguindo o exemplo do Samba do Crioulo Doido, feito por Stanislaw Ponte Preta. Lá o crioulo ficou doido por ter que fazer o seu samba-enredo com todos os personagens da História do Brasil. Aqui quem está doido é o povo, que parece ser o grande culpado pela crise de energia, pela carestia, pela polícia e pelo mistério de uma coisa chamada anistia que, se você não sabe, não permitiu ao anistiado ser reintegrado a seu trabalho, a não ser que passasse de novo por um novo júri, uma nova censura, de modo a que não atrapalhasse uma coisa chamada abertura).
Confesso Matei a Dana de Teffé E muitos mais se ocê quiser Eu sou qualquer José Mané Dos Santos, da Silva, da vida Confesso A culpa pela carestia E pela crise de energia Eu sou o dono da OPEP Ou pepsi ou pop ou coca Confesso (não precisa bater) E confessar me alivia Vem, meu bem, me condena Com aquela anistia Me manda logo pra cadeia Garanta Um pouco a minha poupança Pois pelo menos estando em cana A minha pança Vai ter um pouco de aveia Ou feijão com areia
Avante, avante
Pelo Brasil toca a marchar
Avante, avante
Nosso Brasil vai despertar
Avante, avante
Eis que desponta outro arrebol
Marchar, que é a primavera
Que a Pátria espera
É o novo sol
Eia, avante brasileiros
Mocidade varonil
Sob as bençãos do Cruzeiro
Viverás pelo Brasil
Avante, avante
Pelo Brasil toca a marchar
Avante, avante
Nosso Brasil vai despertar
Avante, avante
Eis que desponta outro arrebol
Marchar, que é a primavera
Que a Pátria espera
É o novo sol
Gloria à Pátria que desperta
Mocidade varonil
Vai chamar-te, sempre alerta,
Sentinela do Brasil
Avante, avante
Eis que desponta outro arrebol
Marchar, que é a primavera
Que a Pátria espera
É o novo sol
Ei, avante brasileiros
Mocidade varonil
Sob as bençãos do Cruzeiro
Viverás pelo Brasil.
De Sul a Norte, Todo viram a intrepidez De um Brasil heroico e forte A raiar no dia 3.
A Paraíba, Terra santa, terra boa Finalmente está vingada. Salve o grande João Pessoa!
Doutor Barbado, Foi-se embora, Deu o fora. Não volta mais. Não volta mais.
A mineirada Lá da terra da coalhada Vai prender a carneirada Nos sertões da Mantiqueira O Rio Grande, Sem correr o menor risco, Amarrou por telegrama Os cavalos no obelisco.
Doutor Barbado, Foi-se embora, Deu o fora. Não volta mais. Não volta mais.