Bom é ser Presidente desse imenso país
Fazer um montão de coisas que eu nunca fiz
Lançar livros na China, amanhecer em Pequim
O outro lado do mundo gosta de mim
Ir ver a Perestroika, assistir ao Bolshoi
Levando longos papos com Gorbachoi
Traduzir meus poemas pro russo e pro chinês
Aprimorando mais o meu português
Eu digo
Bom é ser Presidente desse imenso país
Atropelar minha gente de jet-ski
A grana da LBA mandar para Canapi
Comprar os deputados da CPI
Fazer da vida pública uma extensão da privada
Mergulhar num mar de lama, cara lavada
Bater na primeira dama, cobrir-lhe de porrada
Cornear o irmão com a própria cunhada
Eu digo
Bom é ser Presidente desse imenso país
Comer do pão de queijo que eu mesmo fiz
Queijo com goiabada, feijoada com epatoviz
Refabricar o Fusca é que é ser feliz
Por o Krause pra fora, o Paulo Haddad no centro
Depois o Paulo fora e o Eliseu dentro
Daqui uma meia hora fazer tudo de novo
Só dá pra governar confundindo o povo
Eu digo
Bom é ser Presidente desse imenso país
Pedindo para esquecer os livros que eu fiz
Fazer a moeda forte com um governinho fraco
Onde o fisiologismo é o maior barato
Sorriso de paisagem, check-up no coração
Uma ideia só na cabeça: a reeleição
Levar uns oito anos para chegar no final
E privatizar o assento presidencial
Bom é ser presidente desse imenso país
- Brasileiras e brasileiros
Bom é ser Presidente desse imenso país
- Não me deixem só, não me deixem só
Bom é ser Presidente desse imenso país
- Ê, trem bão, sô!
Bom é ser Presidente desse imenso país
- Sociólogas e sociólogos
Sou nega, nega baiana,
Revolucionária das caatingas do sertão.
Sou bamba no bamboleio, oi,
Tou arranchada entre os soldados do batalhão
De faca pernambucana
Não vejo homem na minha frente,
Não vejo, não.
Porém na hora dos meus pecados
Ninguém resiste aos meus requebros e sedução.
Não venham de covardia, oi
Que eu só respeito lenço encarnado junto de mim
Dou tudo pela Bahia
Só tenho medo de Nosso Senhor do Bonfim.
Sou nega, nega baiana,
Revolucionária das caatingas do sertão.
Sou bamba no bamboleio, oi,
Tou arranchada entre os soldados do batalhão.
Ayêêê Madagascar Olodum
Ayêêê, eu sou o arco-íris de Madagascar
Criaram-se vários reinados
O porto de Merinas ficou consagrado
Rambosalama o vetor saudável
Ivato cidade sagrada
A rainha Ranavalona
Destaca-se na vida e na mocidade
Majestosa negra
Soberana da sociedade
Alienado pelos seus poderes Rei Radama
Foi considerado um verdadeiro Meiji
Que levava seu reino a bailar
Bantos, indonésios, árabes
Se integram à cultura malgaxe
Raça varonil alastrando-se pelo Brasil
Sankara Vatolay faz deslumbrar toda nação
Merinas povos tradição
E os Mazimbas foram vencidos pela invenção
Hê, Hê, Hê, sakalavas onaê
Ha, Ha, Ha sakalavas onaá (bis)
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
E viva Pelô, Pelourinho
Patrimônio da humanidade
Pelourinho, Pelourinho
Palco da vida e negras verdades
E protestos, manifestações
Faz o Olodum contra o apartheid
Juntamente com Madagascar
Evocando igualdade e liberdade a reinar
Hê, Hê, Hê, sakalavas onaê ...
Aiêêê, Madagascar Olodum
Aiêêê, eu sou o arco–íris de Madagascar
Aiêêê, Madagascar Olodum
Aiêêê, eu sou o arco–íris de Madagascar