Eu venho de campos, subúrbios e vilas,
Sonhando e cantando, chorando nas filas,
Seguindo a corrente sem participar,
Me falta a semente do ler e contar
Eu sou brasileiro, anseio um lugar,
Suplico que parem, pra ouvir meu cantar
Você também é responsável,
Então me ensine a escrever,
Eu tenho a minha mão domável,
Eu sinto a sede do saber
Eu venho de campos, tão ricos, tão lindos,
Cantando e chamando, são todos bem-vindos
A nação merece maior dimensão,
Marchemos pra luta, de lápis na mão
Eu sou brasileiro, anseio um lugar,
Suplico que parem pra ouvir meu cantar
A bandeira vermelha se moveu
É um povo tomando posição
Deixe o medo de tudo pra depois
Puxe a faca, desarme sua mão
Fique muito tranquilo pra lutar
Desamarre a linha da invasão
A reforma está vindo devagar
Desembocar no rio da razão
Disparada de vacas e de bois
É o povo tomando posição
É o povo tomando direção
Eh boi, ô vaca mansa,
Ô vaca mansa, vida de gado
Lá do Norte, um herói altaneiro, Que da pátria o amor conquistou, Foi um vivo farol que ligeiro Acendeu e depois se apagou.
João Pessoa, João Pessoa, Bravo filho do sertão! Toda a pátria espera um dia A sua ressurreição.
João Pessoa, João Pessoa, O seu vulto varonil Vive ainda, vive ainda No coração do Brasil.
Como um cedro que tomba na mata, Sob o raio que em cheio o feriu, Assim ele ante a fúria insensata De um feroz inimigo caiu.
João Pessoa, João Pessoa, Bravo filho do sertão! Toda a pátria espera um dia A sua ressurreição.
João Pessoa, João Pessoa, O seu vulto varonil Vive ainda, vive ainda No coração do Brasil.
Paraíba, ó rincão pequenino, Como grande esse homem se fez! Hoje em ti cabe todo o destino, Todo o orgulho da nossa altivez.