Galinha verde não me entra no poleiro,
Diz o meu galo, que é o dono do terreiro
O papagaio já me pede por favor
Me leva ao tintureiro que eu quero mudar de cor
Me leva ao tintureiro que eu quero mudar de cor
De manhã cedo quando eu chego no quintal
Até tenho medo, é um barulho infernal
Meu papagaio comprei lá na Pavuna
Mas o galo cisma que ele é quinta-coluna
O galo cisma que ele é quinta coluna.
O Brasil, Sul a Norte, se ufana
Desse sangue de efeito exemplar
Os 18 de Copacabana
Derramaram viris a lutar.
Este lance de nobre heroísmo
De pujança eloqüente e viril
Bem atesto o robusto civismo
Desses nossos irmãos do Brasil
Epopéia cintilante
Mas a dor se apodera de nós
Chora a Pátria a saudade incessante
Desse belo punhado de heróis
A Nação enlutada pranteia
Esses bravos com trágica dor
Patriotas de sangue na veia
Brasileiros de excelso valor
Liberdade, na boca esse grito
A oprimida Nação lhes ouviu
Seja sempre por todos bendito
O ideal que na morte os uniu
Epopéia cintilante
Mas a dor se apodera de nós
Chora a Pátria de saudade incessante
Desse belo punhado de heróis.
Você já viu, Iaiá
Você já viu, Iaiá
No front a Lurdinha cantar
A turma tem que ficar atenta para escutar
É a voz da metralha, vamos atacar
A voz do comando é firme e segura
A turma avança, ninguém tem paúra
Mas deles corre, corre, deixa até a roupa
Pro brasileiro alemão é sopa.