Dá um jeito nele, Nonô
Meu dinheiro não tem mais valor
Meu cruzeiro vale nada
Já não dá nem pra cocada
Já não compra mais banana
Já não bebe mais café
Já não pode andar de bonde
Nem chupar um picolé
Afinal esse cruzeiro
É dinheiro ou o que é?
Dá um jeito nele, Nonô,
Meu dinheiro não tem mais valor. (bis)
Autores: Dicró, Jota Ramos e Abraão da Portela. Intérprete: Dicró. Gravadora: Continental. LP: Dicró.
(Eu vos declaro unidos até o fim do mundo)
Você tá convidado pra participar, meu irmão
Do casamento do Custo de vida com a Inflação
(Vem, meu povão!)
O padrinho é o Imposto de Renda
A Correção Monetária será a madrinha
A festa vai ser um barato
Vai de caviar à sardinha
Porque o boicote deu fim
Na tal da carne de boi
Nessa festa de arromba
Só o tubarão que não foi
(Também eles se namoram desde menininho. Ah! Que beleza de festa! Todo mundo foi convidado. Mas só podia chegar de Roiroce)
O Inamps chegou atrasado
Pois ludibriaram sua boa fé
Ficou esperando o aumento
E resolveu vir a pé
O Funrural invocado
Na festa quase que brigou
Por que o INPS não lhe cumprimentou
(Olha que ainda tá chegando convidado na festa. Anéis de brilhante de presente têm um monte! Caixas e mais caixas de ouro.)
A Petrobras quando chegou
Todo mundo lhe aplaudiu
E foi muito paquerada
Pelo Banco do Brasil
E só houve um imprevisto
Que ninguém quis resolver
O Mobral ficou barrado
Porque não sabia ler
(- Será que ele não vai dar o golpe do baú?
- Ah, deixa de ser bobo. Isso é gente muito boa. Filho de gente importante.
- E olha lá aquele carro que está chegando ali.
- Deixa de ser burro! Tu não conhece? Aquele é o Doutor Banerj.
- Banerj?
- É, Banerj.
- E a mulher?
- Ah, mas tu tá por fora. Aquela é a Caixa Econômica, rapaz.
- Olha que poupança!
- É realmente ela tem uma poupança. O noivo foi feliz na escolha. Aliás, eu não sei não. Vai pintar infidelidade nisso. Ah, mas tem divórcio, e aí né?)
Autores: Goiá e Francisco Lázaro. Intérpretes: Durval & Davi. Gravadora: RCA Victor. LP: Os dois goianos.
Lá das alturas o Senhor Onipotente
Deu ao nosso presidente
A sublime inspiração
De dar amparo ao caboclo brasileiro
O querido herói roceiro
Que não tinha proteção
Com o Mobral nossos caros lavradores
Já conhecem bem as cores da bandeira da Nação
Você caboclo neste sesquicentenário
Foi o beneficiário com a lei do lavrador
Daqui pra frente não será mais um meeiro
Ninguém vai ganhar dinheiro
Explorando o seu suor
E seu produto tendo o preço tabelado
Você não será lesado pelo astuto comprador
A lei agrária que por nós era esperada
Foi agora assinada pelo chefe da Nação
E na doença veio a lei da previdência
Você vai ter assistência e também sua pensão
Irmão do campo, brindo aqui o seu sucesso
Viva o Brasil progresso, viva a Revolução
Doce Brasil, uma nação de poesia
Sua tecnologia já tem fama mundial
Coisas sublimes acontecem nessa terra
Onde a paz venceu a guerra
E o bem ganhou do mal
Como me orgulho de você, Brasil querido,
O exemplo a ser seguido para a paz universal